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Uso de dejetos da suinocultura como fertilizantes

Atualizado: 11 de mai. de 2021

Com o aumento da criação de suínos, houve consequentemente uma elevação na quantidade de dejetos produzidos, os quais se forem manejados de forma incorreta podem causar problemas relacionados à poluição ambiental, como a deterioração da qualidade da água e danos no solo. Visando evitar isso, devem ser destinados corretamente.


Os efluentes da suinocultura são considerados um obstáculo para as propriedades, principalmente porque muitas não possuem área agrícola para utilizá-los como biofertilizante. Quando descartados, os resíduos têm um alto potencial poluidor para o meio ambiente, em virtude da composição química variável que possuem, relacionada principalmente ao manejo da água e alimentação dos animais. Ao mesmo tempo, é um método alternativo e considerado um importante insumo agrícola que traz benefícios econômicos, visto que podem ser utilizados como fonte de nutrientes para as plantas, devido a grande quantidade excretada de N, P e K, que são os principais componentes de fertilizantes minerais utilizados para maioria das culturas. Se utilizado respeitando as orientações técnicas, pode suprir eficientemente as necessidades nutricionais do solo, além de que tem a possibilidade de proporcionar a diminuição total ou parcial da utilização de fertilizantes químicos, reduzindo os custos do produtor. Portanto, os dejetos suínos são considerados de grande potencial fertilizante.


Em cerca de 60 metros cúbicos de dejeto de suíno contêm aproximadamente 170 kg de nitrogênio, 140 kg de P2O5 e 90 kg de K2O, o equivalente a 10 sacos do adubo NPK 8-28-16, muito utilizado na cultura do milho e do algodão por exemplo, e mais 4 sacos do adubo nitrogenado ureia, pois a eficiência do nitrogênio é de cerca de 80%. Para o cálculo das doses de fertilizantes líquidos, devemos considerar os teores de nutrientes no solo, pela análise química do solo, e as demandas da cultura a ser implantada, através dos manuais de adubação como o Boletim 100 do IAC.


Contudo, apesar de todos os benefícios, o mau uso dos dejetos pode ocasionar diversos impactos ambientais, visto que ao aplicar o dejeto no solo para suprir a demanda de nitrogênio, certamente estará sendo aplicado fósforo além do necessário para a planta constituindo o principal problema ambiental, onde esse excesso de fósforo é muitas vezes carregado para fontes de água gerando lá um fenômeno denominado Eutrofização – proliferação exagerada de algas. Além disso, podem ocorrer a presença de metais pesados como Zinco e Cobre, microrganismos patogênicos, produção de gases promotores do efeito estufa, entre outros.


Portanto, para diminuir os impactos ambientais dessa atividade, tratamentos foram desenvolvidos e adotados podendo-se destacar o uso de esterqueiras, bioesterqueiras, produção sobre cama, lagoas de tratamento, decantadores, peneiras, biodigestores, compostagem entre outros, cada sistema com suas vantagens e desvantagens, muitas vezes apresentando custos de implantação e manutenção elevados. Por isso a escolha deve se encaixar a realidade do produtor, analisando suas condições financeiras, suas instalações, quantidade de animais e área disponível para utilização dos dejetos.


Figura 1. Esquema Esterqueira / Fonte: http://revistagloborural.globo.com/EditoraGlobo/componentes/article/edg_article_print/0,3916,1708359-1484-1,00.html


 

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Referências bibliográficas

SEGANFREDO, M. A. Análise dos riscos de poluição do ambiente quando se usa dejetos de suínos como adubo do solo. Concórdia: Embrapa Suínos e Aves. 2000. (Comunicado Técnico).

SENAC SANTA CATARINA. USO SUSTENTÁVEL DE DEJETO SUÍNOS COMO FERTILIZANTES. Joaçaba, p. 1-16, 2014.

SCHERER, E. E. O uso dos dejetos de suínos como fertilizante. Jornal Dia de Campo. 2011.


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