Terraceamento: Conservação do solo e Sustentabilidade da produção
Atualizado: 11 de mai. de 2021
Na agricultura brasileira a erosão hídrica é um dos principais causadores da degradação do solo, com efeito do clima tropical do país a ocorrência e quantidade de chuvas é bem significativa. Em vista disso, houve a necessidade de implantar práticas para seu controle visando a conservação do solo e sustentabilidade da produção.
Os terraços diferenciam-se de curvas de nível, onde estas são linhas imaginárias que ligam dois pontos que encontram-se na mesma altitude, que são utilizados para gerar mapas topográficos, o qual é utilizado como base para a demarcação e implantação dos terraços.
O terraceamento da lavoura é uma prática mecânica de combate à erosão baseada na construção de terraços, com o propósito de controlar o volume de escoamento das águas das chuvas. Os terraços são formados por um canal e um dique de terra, retirado na abertura do canal, construídos transversalmente no sentido do declive maior do terreno. O canal tem como função impedir o escoamento superficial das águas das chuvas, forçando que a água infiltre no solo ou que ela seja drenada lentamente contribuindo para a recarga dos aquíferos.
Essa prática conservacionista pode reduzir a degradação do solo cerca de 70 a 80% e as perdas de água em até 100% dependendo do tipo de solo e sua capacidade de infiltração. É importante ressaltar que para sua eficiência o terraceamento deve ser utilizado em conjunto com outras práticas conservacionistas, como por exemplo a cobertura do solo com palhada. Dentre os principais tipos de terraços podemos classificá-los de duas maneiras, quanto a sua função e quanto a sua construção a qual iremos descrevê-los brevemente.
1. Quanto à função:
Terraço em nível: Construído sobre as niveladas demarcadas em nível e com as bordas bloqueadas, objetivando a interceptação da enxurrada e permitir que a água seja retida e infiltre. Recomendado para solos de boa permeabilidade.
Terraço em Desnível ou Gradiente: Construído em declive transversal maior do que o desnível da rampa, objetivando o acúmulo e escoamento lento de água para fora da área de interesse com a utilização de canais escoadouros ou extremidades abertas. Recomendados para solos com permeabilidade baixa ou moderada.
Terraço misto: Construído com leve desnível e volume de acumulação de água oriunda do escoamento superficial. Na prática, a partir do preenchimento deste volume, este passa a portar-se como Terraço em Gradiente.
2. Quanto à construção:
Tipo Nichols: Construído com a utilização do corte pelo arado no solo, fazendo movimentos de cima para baixo, assim formando o Camalhão e o canal. O canal pode apresentar declive de 15% se em solo nu, e 18% em solos cobertos.
Tipo Manghum: Construído com a utilização de terraceadores, variando quanto a seu volume e dimensão, podendo ser base larga, base média (permitindo declive de até 15%) e base estreita (declive acima de 12%).
Para realizar o dimensionamento dos terraços, é necessário determinar o espaçamento entre os terraços e sua seção transversal, considerando principalmente a declividade da área, a velocidade de infiltração da água no solo, intensidade máxima pluviométrica e o volume de água captado. Deseja aderir a essa técnica agrícola? Entre em contato conosco e mantenha as boas práticas de conservação de solo em sua propriedade!

Fonte: Pexels-Pixabay.
https://pixabay.com/pt/photos/rural-grama-fazenda-pastagens-1868781
Se interessou pelo conteúdo? Gostaria de um orçamento?
Entre em contato conosco! Podemos entregar a melhor solução para sua propriedade Rural.
Ramo da Terra – Soluções Agrícolas e Ambientais
Av. Brasil Norte, 364, Sala 15, Ilha Solteira
Orçamentos:
Cel: (16) 99209-9798 (Carlos)
Email: mkt.ramodaterra@gmail.com
Facebook: facebook.com/ramodaterra
Site: https://bit.ly/ramodaterraej
Referências bibliográficas:
CARVALHO, E. A. Leituras cartográficas e interpretações estatísticas I : Geografia / Edilson Alves de Carvalho, Paulo César de Araújo. – Natal, RN: EDUFRN, 2008. 248 p. Disponível em:<http://www.ead.uepb.edu.br/ava/arquivos/cursos/geografia/leituras_cartograficas/Le_Ca_A15_J_GR_260508.pdf>. Acesso em:17 Abr.2021.
FRANCO, A. P. B. Percepção, Recomendação e Adoção do Terraceamento Agrícola Comparadas ao Seu Funcionamento; Tese Apresentada para Obtenção de Título de Doutor em Ciências Agrárias- USP, Piracicaba, 2018. Disponível em:<https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-21012019-150102/publico/Alexandre_Puglisi_Barbosa_Franco_versao_revisada.pdf>. Acesso em:16 Abr.2021
FRANCISCO, W. C. Curva de nível. Mundo Educação. Disponível em: <https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/curva-nivel.htm>. Acesso em: 20 Abr. 2021.
MACHADO, P. L. O. A; WADT, P. G. S. Terraceamento; EMBRAPA - Acre.
Disponível em:<https://www.embrapa.br/documents/10180/13599347/ID01.pdf>. Acesso em: 16 Abr.2021