Primeira soja editada é criada no Brasil
A soja é uma das principais fontes de renda do país e dos produtores rurais, ela lidera o ranking de produtos mais exportados há mais de 22 anos, ou seja, desde de que o Brasil passou a registrar e divulgar os dados de vendas ao exterior. Nos últimos anos a cultura vem ganhando ainda mais espaço, devido a rentabilidade quase garantida das lavouras.
A cultura da soja proporcionou uma grande revolução alimentar. Hoje não existe nenhuma outra proteína de origem vegetal com melhor custo benefício para a produção de carnes, ovos, leites e derivados do que soja. O grão pode ser usado como alimento ou matéria-prima para derivados como óleo e farelo, chocolate, temperos prontos, massas, derivados de carne, papinhas para bebês, algumas bebias prontas como leite e sucos à base de soja, como também muitos alimentos dietéticos. Suas sementes contêm aproximadamente 38% de proteínas, 20% de lipídios (óleo), 5% de minerais e 34% de carboidratos. Embora possua alto valor nutricional, além disso as sementes contêm alguns fatores que podem diminuir a sua digestibilidade por animais monogástricos, como aves, suínos e humanos.
Na alimentação animal, a demanda pela soja tem aumentado mais ainda, com a proibição do uso de fontes proteicas de origem animal em rações para ruminantes. O farelo de soja está sendo bem visto dentre os produtores, sendo a fonte proteica mais usada em rações para animais, tanto monogástricos como polig6stricos, e normalmente como um padrão para comparar ~ valor alimentar de outros alimentos proteicos, O farelo de soja é um subproduto de indústria de óleo (represente cerca de 79% do grilo de soja, base matéria seca), sendo ele um alimento de alta aceitabilidade e pode ser usado como fonte única de proteína em rações. A casa de soja também é utilizada sendo um alimento de alto valor energético.
Segundo os dados divulgados pela GDM, a rafinose e a estaquiose são dois tipos de açúcares solúveis presentes na soja, conhecidos como fatores antinutricionais. Eles não são digeridos por animais monogástricos e quando ingeridos a partir da ração feita com farelo de soja acarretam gases, desconforto intestinal e diminuem a energia da ração e o ganho de peso. Na tentaiva de solucionar tal problema a empresa desenvolveu uma soja com menores conteúdos de rafinose e estaquiose com uma técnica de edição gênica, que foi classificada pela CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) -- entidade ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicação e responsável por implementar a Política Nacional de Biossegurança relativa a Organismos Geneticamente Modificados (OGM) -- como livre de OGM. Para conseguir tal soja, um gene nativo do grão foi alterado. A nova versão da proteína deste gene resultou na redução de 75% da rafinose e 50% da estaquiose nas sementes.
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Referências bibliográficas:
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