Melhor Manejo do Café para Atingir Alta Produtividade
Atualizado: 11 de mai. de 2021
O café é um dos mais tradicionais produtos da agricultura brasileira, muitas mudanças aconteceram em termos de localização da lavoura, tecnologias de produção e métodos diversos de colheita e pós colheita. O cafeeiro é uma planta perene de clima tropical. Esta planta pertence à família das rubiáceas e ao gênero Coffea que reúne diversas espécies. Coffea arábica (arábica) e Coffea canephora (conilon) são os principais tipos comercializados no Brasil e no mundo. No Brasil, o ciclo fenológico do cafeeiro se divide em seis fases distintas que envolvem os dois ciclos fenológicos: 1) vegetação e formação das gemas foliares; 2) indução e maturação das gemas florais; 3) florada; 4) granação dos frutos; 5) maturação dos frutos e 6) repouso e senescência dos ramos terciários e quaternários.
Para que haja uma alta produtividade na lavoura é necessária uma série de etapas que se iniciam desde a implantação da cultura, que primeiramente, devem-se realizar as práticas de determinação da declividade do terreno, seguidas da marcação das curvas de nível. Nas regiões de montanha e em pequenas propriedades, é recomendável adotar espaçamentos adensados, com exploração mais intensiva, possibilitando maior rendimento da mão de obra e resultando em maior produtividade, em menor custo e em melhor competitividade para essas condições. Existe uma tendência geral de maior adensamento nas lavouras cafeeiras, visando à obtenção de maiores produtividades por área. Nas regiões mecanizáveis, é prioritário o uso de espaçamentos na forma de renques abertos, que facilitam o trânsito do maquinário, viabilizando os tratos e a exploração em maior escala.
A primeira técnica a ser desenvolvida numa propriedade rural, para aumento da produtividade, refere-se à amostragem do solo, pois é a base principal para um programa de fertilidade que visa à produção. É necessário o conhecimento do solo para adubação de plantio, diferentemente do que era feito no passado, quando lavouras eram implantadas em solos recém desmatados com alta fertilidade. Para isso, devem-se fazer análises químicas e físicas, com o objetivo de determinar a recomendação adequada de correção e adubação no manejo, lembrando que o café é uma cultura perene, desta forma, sendo necessário adubação e calagem por cova.

Adubação/Implantação do cafeeiro. Fonte: Rural Pecuária

Adubação/Implantação do cafeeiro. Fonte: Rural Pecuária
A poda do cafezal deve ser aplicada somente após observar sua real necessidade. O cafeeiro é um arbusto lenhoso de folhas perenes. As principais finalidades da poda são: eliminar todo tecido foliar e vegetativo improdutivo; modificar a arquitetura da planta; estimular a produção pela maior luminosidade em locais com alto sombreamento (fechamento); eliminar ramos afetados por pragas e doenças; reduzir as condições favoráveis ao ataque de pragas e doenças mediante a entrada de luz e ar; corrigir danos causados na parte aérea por efeito de condições climáticas adversas; facilitar trabalhos de manejos que requerem o uso de equipamentos mecanizados e facilitar a colheita. Ou seja, eliminar partes das plantas que perderam ou diminuíram a capacidade produtiva. Os principais tipos de poda são a recepa, o decote e o esqueletamento , como mostra na imagem.

Principais tipos de Poda. Fonte: va12-conducao-da-lavoura01
Pragas e doenças devem ser controladas para reduzir o máximo possível a perca de produtividade das plantas, e ate a ocasional perda da lavoura. As principais doenças estão divididas em: Ferrugem do cafeeiro; Mancha-de-olho-pardo ou Cercosporiose e o Nematoide-das-galhas. Quanto as pragas podemos citar: Bicho mineiro; Broca do café e Cigarras do cafeeiro sendo estas as principais.
Por fim a ultima etapa vem a colheita, os parâmetros avaliativos oficialmente reconhecidos para determinar a qualidade do café são realizados por meio de análises sensoriais da bebida e classificação física dos grãos. A bebida de café de alta qualidade é aquela que apresenta as seguintes características: aroma agradável, sabor marcante, doçura acentuada, leve acidez, suavidade, coloração uniforme e aspecto de grãos homogêneos. Já em relação à classificação física, as amostras dos grãos deverão conter a menor quantidade possível de defeitos intrínsecos (grãos verdes, grãos pretos, grãos ardidos) e defeitos extrínsecos (pau, pedra, torrão, casca). A forma de colheita dos frutos de café tem um papel determinante no rendimento da produção e na qualidade final do produto.
A colheita do café pode ser realizada de forma manual, semimecanizada e mecanizada. A colheita manual pode ser do tipo seletiva, catando-se a dedo somente os frutos maduros, ou do tipo concentrada, derriçando-se todos os frutos de cada ramo em panos ou em peneiras. Por outro lado, a colheita semimecanizada utiliza derradeiras portáteis, desprovidas de recolhedores, e a mecanizada é feita com máquinas colhedeiras completas, automotrizes ou tradicionais (uso do trator). A colheita do café feita pelo sistema de derriça, ou seja, retirada dos frutos da árvore quando a maioria está madura, é uma prática muito comum no Brasil.

Colheita do café. Fonte: Revista Safra
Um bom manejo para a cultura do café, é necessário para adquirir altos ganhos e uma boa produtividade, é então necessário o uso de técnicas e manejos adequados para cada cultivar, região e objetivo.
Se interessou pelo conteúdo? Gostaria de um orçamento?
Entre em contato conosco! Podemos entregar a melhor solução para sua propriedade Rural.
Ramo da Terra – Soluções Agrícolas e Ambientais
Av. Brasil Norte, 364, Sala 15, Ilha Solteira
Orçamentos:
Cel: (16) 99209-9798 (Carlos)
Email: ramodaterra.comercial@gmail.com
Facebook: facebook.com/ramodaterra
Site: https://bit.ly/ramodaterraej
Referências
· Brasil. Ministério da Educação. Caderno de aulas práticas dos Institutos Federais: cafeicultura / Ministério da Educação, Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica. – Brasília, DF: Ministério da Educação, 2016. 115 p. : il.
· DA EMBRAPA CAFÉ, Relatório de Atividades. Embrapa Café.
· MESQUITA, Carlos Magno de et al. Manual do café: implantação de cafezais Coffea arábica L. Belo Horizonte: EMATER-MG, 2016. 50 p. il.