Estudo usa dados espaciais para classificar risco de desmatamento no Cerrado
O Brasil possui um dos mais ricos e importantes domínios naturais do país, o Cerrado. Porém, tal região vem sofrendo com uma elevada taxa de desmatamento. Esse problema estabeleceu-se ao longo da segunda metade do século XX, devido a avanços da agropecuária para o interior do país. Dados revelam que o desmatamento vem aumentando em grande medida nos últimos anos, sendo maior até mesmo que o da Amazônia. Seu desmatamento ocorre devido ao avanço das queimadas e a retirada de suas matas para a utilização do solo na agropecuária. Uma pesquisa realizada pela Embrapa, no âmbito do projeto Rural Sustentável - Cerrado, mapeou o risco de desmatamento e mensurou o desmatamento evitado no bioma Cerrado em 101 municípios de quatro estados. A informação é uma importante ferramenta geotecnológica para auxiliar os governos federal, estaduais e municipais na adoção de medidas protetivas e preventivas.
A pesquisa foi realizada em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais e utilizou a metodologia ACEU para avaliar o risco de desmatamento em cada região. Este método leva em consideração a acessibilidade do local (acessibilidade – A), a aptidão da terra para uso agrícola (capacidade de cultivo – C), a existência de recursos naturais (extratibilidade – E) e também se existe algum regime de proteção (Status de proteção – U). Para definir o risco de desmatamento conforme a acessibilidade, foi levada em conta a distância para rodovias federais e estaduais. Quanto mais próximo, maior o risco e maior o valor na escala de 1 a 4 usada na equação, as áreas também foram classificadas como boa aptidão agrícola, regular, restrita e inapta, pontuando de 1 a 4, sendo 4 as terras com boa aptidão e 1 as inaptas.
Logo, de acordo com a pesquisa, dos 8,4 milhões de hectares de Cerrado avaliados em 25 municípios de Mato Grosso, 17% possuem risco muito alto de desmatamento, 19% possuem risco alto, 19% risco médio, 15% baixo e 30% muito baixo. Conforme a pontuação final no método ACEU, a área é classificada com risco muito baixo, baixo, médio, alto e muito alto de desmatamento. Para cada um desses riscos, há um percentual de perda de vegetação esperada em um período de 20 anos. A pesquisadora Laurimar Vendrusculo informa que os mapas georreferenciados com risco de desmatamento serão disponibilizados em breve na plataforma Geoinfo da Embrapa. Assim, poderão ser usados por secretarias municipais e estaduais de Agricultura e Meio Ambiente para a adoção de medidas locais e alternativas sustentáveis de produção agrícola, como, por exemplo, técnicas conservacionistas capazes de aumentar a vegetação e promover melhorias do solo e dos recursos hídricos.
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Referências bibliográficas:
EMBRAPA. Estudo usa dados espaciais para classificar risco de desmatamento no Cerrado. 2022. Disponível em: https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/75545249/estudo-usa-dados-espaciais-para-classificar-risco-de-desmatamento-no-cerrado. Acesso em: 03 nov. 2022.
PENA, Rodolfo Alves. Desmatamento do Cerrado. 2022. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/brasil/desmatamento-cerrado.htm. Acesso em: 03 nov. 2022.