Controle Biológico de Pragas em avanço reduzindo custos na produção
A agricultura vem se desenvolvendo a largos passos, desenvolvendo várias tecnologias que buscam levar mais liquidez e rentabilidade ao produtor rural.
O controle de pragas é uma das etapas que cresce com bastante eficiência dentro do meio agrícola. Seu principal marco foi na década de 60, onde foram introduzidos os defensivos agrícolas para auxiliar nesse controle, visando principalmente aumentar a produtividade por conta da crescente demanda mundial por alimentos.
Segundo o Engenheiro Agrônomo Alexandre Sene, "nós nos tornamos o maior consumidor de agrotóxicos do mundo. Em 2010, o segundo maior usuário de plantas transgênicas. Passamos a usar as duas melhores tecnologias do planeta, mas ao mesmo tempo aumentamos em 600% os prejuízos, com ataque de pragas. Não precisava de uma reflexão muito profunda para perceber: alguma coisa está errada”.
A fim de evitar um aumento nos prejuízos causados pelo uso descontrolado de agrotóxicos em áreas extensivas, que promovem uma resistência por parte das pragas, novas alternativas vêm sendo exploradas, visando diminuir a necessidade de utilização de agroquímicos, buscando evitar a contaminação do solo, água e do próprio ser humano e é aí que o Controle Biológico de Pragas é inserido.
Uma técnica que utiliza da própria natureza para acabar com as pragas que inviabilizam um desenvolvimento saudável das culturas, impedindo assim uma redução no lucro, prejudicando os agricultores.
Os chineses utilizavam o controle biológico no século III a.C., com formigas predadoras de pragas no citros, porém, apenas no ano de 1888 surgiu o primeiro caso de sucesso desse método de controle de pragas, na Califórnia, onde houve a liberação de uma joaninha da Austrália que controlou a praga pulgão-branco-dos-citros, dando início à um grande avanço nas pesquisas sobre controle biológico.
Com a escalada nos preços dos agroquímicos, muitos produtores rurais estão mudando a forma de combate às pragas, usando do controle biológico para tal atividade crucial para uma boa colheita que vai gerar uma boa rentabilidade. A técnica incentivada pela Emater/RS-Ascar começou a ser utilizada em Estrela faz quatro anos em áreas de milho e soja, os resultados satisfatórios promoveram a expansão da área sem defensivos químicos.
De acordo com o agrônomo Emater, Álvaro Trierweiler, o controle biológico utiliza a espécie Trichogramma. “A microvespa é liberada em cartelas de papelão onde os ovos são depositados. A distribuição manual considera o intervalo de 20m na lavoura. Após eclosão, as vespinhas vão procurar ovos de borboletas e mariposas onde nasceriam lagartas”, detalha. Esse processo é considerado muito eficiente, diante das características naturais, onde a vespa fêmea deposita ovos que inviabilizam o nascimento das lagartas que danificam as plantações.
Devido à crise vivenciada hoje por conta da guerra de Rússia e Ucrânia, os preços dos agrotóxicos não param de subir. O custo por hectare do controle por defensivos agrícolas ultrapassa os 4 dígitos monetários, porém esse exacerbado valor é reduzido drasticamente com o uso do controle biológico de pragas, onde o custo por hectare chega a uma média de R$35,00, assim como foi no caso das microvespas utilizadas pela Emater/RS-Ascar na cidade de Estrela-RS.
Além disso, a utilização de inimigos naturais contribui para que os insetos-não-praga não sejam afetados pelos inseticidas. Contribui ainda para a construção de um ambiente favorável para as plantas se desenvolverem.
Cada vez mais acontece a conscientização no meio agrícola brasileiro e mundial sobre o uso de controle biológico. Essa prática limpa, diminui custos e garante a sanidade das plantas, mantendo a lucratividade do produtor rural.
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