Alimentação Suplementar de Bovinos em Períodos de Estiagem Melhora a Produtividade
O Brasil é um dos maiores produtores e exportadores de carne bovina do mundo, com isso a pecuária possui uma grande relevância na economia do país, e é um dos pilares da economia. A maior parte da produção pecuária é realizado em sistemas de produção em pastejo, que consiste no manejo do gado em pastagens nativas, ou cultivadas.
Neste período de seca em que o país está atravessando, vem provocando diversas crises no país desde crises de abastecimento, energéticas, e também na produção agropecuária. Os produtores rurais acabam encontrando dificuldades para alimentar seus rebanhos, devido ao baixo desempenho da pastagem.
A ausência de chuvas limita a produção das pastagens, e diminui a oferta de capins para o gado, interferindo diretamente na qualidade da dieta bovina e reduzindo o desempenho produtivo do rebanho. Uma estratégia eficiente para manter o padrão nutricional dos animais e evitar prejuízos na atividade pecuária, é fornecer uma alimentação suplementar.
É comprovado por meio de estudos que na época das chuvas as pastagens que são bem manejadas possuem a capacidade de proporcionar boas condições de nutrição a rebanhos condicionados a uma dieta a pasto, sendo necessário apenas reposição mineral. Porém no período da seca, os níveis de proteína, energia e vitaminas ficam reduzidos na pastagem, o que implica em uma necessidade de realizar reposição nutricional por meio de estratégias alimentares capazes de suprir tanto deficiências qualitativas como quantitativas de nutrientes na forragem.
A época de estiagem varia nas diferentes regiões brasileiras e no Cerrado ocorre entre maio e setembro. A seca prejudica a capacidade de crescimento e o vigor do capim, com isso levando a pastagem se tornar mais fibrosa e a forragem menos nutritiva. “Nesse período, uma dieta restrita ao pasto geralmente resulta em perda de peso dos animais, queda na produtividade e na taxa de fertilidade do rebanho, além de aumentar a predisposição a doenças entre outros fatores que interferem na produção. As práticas suplementares permitem manter o gado bem alimentado, saudável e produtivo, independente da duração e intensidade da estiagem”, afirma o pesquisador da Embrapa Acre, Maykel Sales.
ALTERNATIVAS
Os pecuaristas que trabalham na produção de carne podem fazer o uso de tecnologias como a silagem e os sais proteinados como complemento à dieta bovina. Sendo a primeira alternativa, mais recomendada para rebanhos que possuem elevado padrão genético, e consiste em triturar a planta inteira, com as espigas para armazenagem de forragem para uso nos meses de estiagem. Existem diversas culturas que podem ser utilizadas para a produção de silagem, e uma das mais utilizadas é o milho, por ser uma cultura de fácil cultivo, alto rendimento e qualidade da silagem produzida. Em algumas regiões, existem outras culturas que podem ser viáveis para a produção de silagem, como a cultura do sorgo, está possuindo em média um menor rendimento e qualidade da silagem produzida quando comparado ao milho, porém sendo uma cultura de fácil adaptação, a condições adversas de clima, possuindo boa resistência à seca, tolerância a temperaturas elevadas, e possuindo menores prejuízos em períodos de maiores intempéries climáticas, possuindo também um menor custo de produção, quando comparado ao milho (convencional e transgênico), ficando entre 15% e 25% mais barato.
O processo de produção de silagem envolve a mecanização da terra para plantio da lavoura e uma elevada mão-de-obra, da colheita ao fechamento do silo, portanto o custo dessa estratégia de suplementação alimentar é elevado em relação a outras alternativas, porém o retorno compensa o investimento. “Quando bem feita, o seu valor nutritivo é bem superior ao da forragem verde, garantindo alimento de qualidade para o gado”, diz Sales.
Já outra alternativa, que é o uso de sais proteinados, são indicados tanto para a manutenção, quanto para ganhos elevados de peso, a depender do nível de fornecimento e formulação, de modo geral, são enriquecidos com fontes de energia como milho e sorgo e de proteína, como os farelos de soja, algodão, trigo, entre outros e ureia. Esse suplemento concentrado possui um alto custo, porém por ser fornecido em quantidades estratégicas e apresentar uma elevada eficiência no ganho de peso dos animais desde que feita de maneira correta compensa o investimento.
Independentemente do tipo de atividade, a adoção de práticas de alimentação suplementar requer planejamento. “É importante que o produtor planeje esse aporte alimentar com base na quantidade de animais a serem alimentados e considerando aspectos climáticos, características do solo, condições das pastagens e a necessidade nutricional do rebanho. Esses cuidados são essenciais para a adoção de métodos eficientes e viáveis economicamente”, ressalta o pesquisador.
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Referências bibliográficas:
CERRADOS, Embrapa. Embrapa Cerrados: conhecimento, tecnologia e compromisso ambiental. Embrapa Cerrados-Documentos (INFOTECA-E), 2005.
Conheça os tipos de sistema de pastejo mais utilizados. [S. 1.]: Revista agropecuária, 21 nov. 2021. Disponível em: http://www.revistaagropecuaria.com.br/2019/11/27/conhecaos-tipos-de-sistema-de-pastejo-mais-utilizados/. Acesso em: 28 jul. 2021.
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Suplementação de bovinos melhora produtividade no período de seca. [S. 1.]: Extra de Rondônia, 27 jul. 2021. Disponível em: https://www.extraderondonia.com.br/2021/07/26/suplementacao-de-bovinos-melhoraprodutividade-no-periodo-de-seca/. Acesso em: 28 jul. 2021.