A conservação do Cerrado é auxiliada com a decomposição da matéria orgânica.
Um estudo original desenvolvido por pesquisadores da Embrapa Cerrados (DF), Universidade de Brasília (UnB) e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília (IFB) apontou que o processo de decomposição da serrapilheira – camada de restos de plantas e material orgânico que cobre o solo – tem correlação direta com a diversidade da flora local e com o sinergismo de fatores, como a ação dos microrganismos decompositores, que ocorrem principalmente no período chuvoso, ou seja, tal pesquisa pode contribuir para o controle ambiental e iniciativas de conservação, como a recomposição de áreas degradadas e o controle da perda de matéria orgânica do solo. Sendo que a serrapilheira exerce funções importantes no equilíbrio e na dinâmica dos ecossistemas, principalmente em regiões do Cerrado, onde a maioria dos solos apresenta baixa fertilidade natural. Por consequência, a sua decomposição ajuda a manter as propriedades físicas, químicas e biológicas do solo e a ciclagem de nutrientes, além de ter papel relevante na manutenção ecológica de diversas funções e sistemas florestais.
Como novidade, a pesquisa, de longa duração, trouxe dados sobre o tempo de decomposição total da serrapilheira, durante quase seis anos, em uma área florestal nativa de Cerrado. O estudo foi realizado em uma área de quatro hectares de Cerrado na Quebrada dos Neres, zona rural do Paranoá (DF), onde não ocorreram incêndios após o ano de 1996. Entre agosto de 2014 e maio de 2020, os pesquisadores acompanharam a decomposição de 240 amostras de 20 gramas de serrapilheira contidas em bolsas de malha de nylon (litter bags) distribuídas aleatoriamente pela área, sendo que, a cada três meses, 10 delas foram coletadas. No estudo, a decomposição da serrapilheira de uma floresta savânica (Cerrado) foi analisada em função da composição florística local e da sazonalidade – alternância de estações secas e chuvosas ao longo dos anos –, considerando que o bioma Cerrado tem duas estações bem definidas: uma chuvosa (outubro a abril) e uma seca (maio a setembro).
Segundo textos científicos o processo no bioma apresentavam uma análise em curto período de tempo, contemplando dados coletados somente até a meia-vida, ou seja, a quantidade de dias necessários para o desaparecimento de 50% da matéria orgânica, sendo o tempo total de decomposição estimado por meio de modelos matemáticos. “Acompanhamos a decomposição da serrapilheira até o fim, o que representou 2.070 dias de observação”, explica Ribeiro.
Os resultados apoiam projetos de conservação, recuperação e controle ambiental, por ser um método de monitoramento não destrutivo para avaliação da qualidade florestal, o estudo da dinâmica de decomposição da serrapilheira trouxe resultados relevantes para a elaboração de projetos de conservação e controle ambiental. Além disso, pesquisadores salientam que essa é uma iniciativa importante para projetos de recuperação de áreas degradadas.
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Referências bibliográficas:
Decomposição de matéria orgânica ajuda na conservação ambiental no Cerrado. Disponível em: <https://www.agrolink.com.br/noticias/decomposicao-de-materia-organica-ajuda-na-conservacao-ambiental-no-cerrado_478915.html>. Acesso em: 6 maio. 2023.